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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

PHILL COLLINS E OS CONCERT TOMS - SUA MARCA REGISTRADA

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Mais precisa-mente a partir do disco "Wind & Wuthering" (1976), o Phill Collins assumiu de vez o uso dos chamados "Concert toms", ou seja, dos tambores tom-tons sem a pele de resposta ou pele de baixo (tons bimembranofones). A canção mais famosa do Genesis em que Phill usa esses tom-tons é a estranha "Mama", sucesso em 1983. A propósito, não sei até hoje como uma música sombria como essa fez sucesso comercial - coisas do gênio que é o Phill, ao que parece, caso único em se tratando de bateristas que se tornaram vocalistas e fizeram sucesso à nivel mundial não só como músico de rock progressivo (Genesis) e jazz rock (Brand X), como também como cantor pop de primeiro escalão!

A principal característica deste tipo de tambor é o som mais encorpado, ressonante e mais solto em relação aos tons com pele de resposta. O timbre obtido com esse tom é bem caracterítisco e inconfundível. Como ex-baterista, não concordo em seu uso como um fim, mas sim como um meio, como mais uma peça da bateria usada para criar determinados efeitos em arranjos que pedem grandiosidade ou agressividade. Assim, pessoalmente, não gosto muito de seu timbre ao ser usado normalmente como os tons com pele de resposta, mas funcionam otimamente bem quando usados como determinados efeitos especiais. 

Popularizado no final da década de 1960 pelo baterista Hal Blaine, se difundiram entre as bandas de rock setentistas e oitentistas, naquele fase tão marcante do rock em que se via acima dos bumbos-de-pé uma fileira enorme deles, como podemos checar na famosa "I love it loud" do Kiss, música em que mal se ouve o ritmo da bateria e imediatamente se sabe de que canção se trata. 

Hoje, sabe que o grande Phill Collins, o "baterista dos bateristas", faz uso exclusivo deles.

Outros rocks e canções pop famosos onde os concert toms se destacam:

- Rick Wakeman - "Myths and Legends of King Arthur and Knights of The RounD Table" (1975), na música "Arthur";

- Triunvirat - "Spartacus" (1975), nas músicas "The Capital of Power" e "The Burning Sord of Capua";

- Elton John - na canção "Goodbye Yellow Brick Road" (1973);

- Secos & Molhados - na canção "Flores Astrais" (1974);

- Guilherme Arantes - na canção "14 anos" (1978)

- James Taylor - "Fire and Rain" (1970).
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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

DUAS BANDAS TÃO DISTINTAS: O GENESIS PROGRESSIVO E O GENESIS POP!!!...



Estive pensando: o Genesis é uma banda que sofre um fenômeno curioso, fenômeno talvez único no universo do Rock. Não é todo mundo que, à esta altura, sabe que existiram dois Genesis, e bandas bem distintas: a progressiva e a pop.

Por exemplo, as modernas gerações pensam que o Genesis sempre foi o “power trio pop" à cargo de Phill Collins, Mike Rutherford e Tony Banks, e é de se admirar que não são poucos que ignoram que o verdadeiro Genesis tinha também em seu quadro outros dois gigantes: Peter Gabriel e Steve Hackett. Daí que você fala bem do Genesis “oficial” para um jovem rockeiro mal-informado, ele torce o nariz e imagina que você está falando do trio, que ele não gosta, mas nem por isso procurou ouvir o da fase progressiva...

Antes de mais nada, apesar de ser o período da banda que eu não curto, tenho o maior respeito pela fase pop e pelo gênio do gênero que é Phill Collins, que vendeu tanto quanto Michael Jackson, Elton John e Stevie Wonder. Em momento algum quero afirmar que a fase pop do Genesis é de gosto duvidoso, muito pelo contrário, pois, sem sombra de duvida, é um pop de responsa e da maior qualidade, mas o problema, repito, é que há por aí muito neguinho que pensa que o Genesis que conhecem sempre foi o das músicas “mela cueca”!...  Porém, estou ciente de que quem conheceu o Genesis já na fase pop e gostou, pode muito bem não gostar do progressivo.

Por isso mesmo imagino que o Genesis pop faz muito mal para a reputação do Genesis progressivo. Tenho, inclusive, amigos que, por mais que eu fale bem do Genesis da primeira fase, eles se negam a ouvi-lo, pois o parâmetro e o conceito (equivocados) que tem sobre a banda é o da fase pop. Aqui o caso é outro: conhecem o Genesis progressivo mas nunca se dignaram a ouvi-lo, de modo que pensam que o estilo da banda é o da fase pop!... Outro dia mesmo falei para um amigo do tremendo baterista que é o Phill Collins — considerado hoje “o baterista dos bateristas” —, e ele se surpreendeu, e até duvidou, e notei claramente que ele só conhecia o Phill Pop!...

Mas tem também aqueles que me dizem que não gostam da banda em fase alguma.  Para esses eu digo: "Quem você pensa que é para não gostar do Genesis?! O Genesis é que não gosta de você!"...

Aos mal-informados do gigante que fora o Genesis progressivo, só me resta uma coisa: lamentar as incríveis belezas que deixam de ouvir e dar meus pêsames por sua alienação...

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